Aos Condomínios
Análise PERIÓDICA da água ajuda a manter a saúde dos condôminos em dia:
Referente à Lei Estadual No. 3.718 de 19 de janeiro de 1983. Resolução. Portaria 518, Vigilância Sanitária.Lei municial 10.770.
Referente à Lei Estadual No. 3.718 de 19 de janeiro de 1983. Resolução. Portaria 518, Vigilância Sanitária.Lei municial 10.770.
Limpeza de caixa d’água com produtos que deixam resíduos, reforma nos encanamentos com uso de cola PVC, ferrugem na tubulação antiga e materiais químicos armazenados próximos ao reservatório de água: estas são algumas das diversas causas de contaminação da água dos condomínios. O síndico, para enfrentar estas situações, deve se informar e manter-se precavido, realizando ao menos uma vez por ano a análise da qualidade da água. Para falar mais sobre o assunto, entrevistamos o proprietário do Laboratório Cavalieri, Luiz Antônio Cavalieri, que enfatizou a importância de cuidar da água para a saúde dos condôminos.
Como é feita a análise da água no condomínio?
Primeiramente, devemos ressaltar que podem existir dois tipos de água no condomínio: a de poço artesiano e a água da DISTRIBUIDORA de seu município. A concessionária tem responsabilidade pelo recurso hídrico até o hidrômetro, ou seja, antes dele entrar no edifício. Mas se o condomínio tiver poço artesiano ou caixa reserva, a obrigação de cuidar da água passa a ser dele e, neste caso, o síndico deve fazer um tratamento com cloração que impeça sua contaminação externa. Além disso, para garantir a potabilidade da água, é necessário analisar as características físico-químicas e microbiológicas. A análise físico-química detecta a presença de elementos químicos estranhos e a microbiológica acusa a existência de bactérias, principalmente coliformes do trato intestinal, que contaminam a água. A presença de outros tipos de bactérias em número elevado, também é preocupante, pois pode trazer problemas de saúde às pessoas. Apesar de termos raros casos de condomínios que utilizam água de poço em Juiz de Fora, a recomendação para sua manutenção é a realização de análises periódicas. Qual o objetivo dessa pesquisa?Justamente para averiguar a potabilidade da água, se está própria para o consumo e cozimento dos alimentos. Fora dos indicadores, ela poderá ser usada somente para molhar jardins, lavar carros e para completar água de piscina, não sendo recomendada nem para banho. A análise mais importante é a microbiológica, para evitar a contaminação de pessoas no condomínio. Quanto à água da Cesama, não se justifica fazer análises físico-químicas de dosagem de alcalinidade, de acidez, de cálcio e magnésio, pois os padrões já são estáveis.
Quais as formas mais comuns de contaminação da água do condomínio?Isso acontece, por exemplo, quando um tubo de esgoto é perfurado, infiltrando na cisterna. Alguns prédios em Juiz de Fora já enfrentaram esse problema e só foram descobrir quando os moradores perceberam o gosto e cheiro ruim da água. Pode ocorrer também um derramamento de material, quando o tambor de algum produto químico de limpeza cai perto ou dentro do reservatório de água, e, além disso, as caixas d’ água localizadas em garagens estão sujeitas à contaminação com o óleo dos carros que escorre pelo chão. Daí a importância de manter o local bem protegido, e a caixa devidamente tampada.
O que a contaminação da água pode causar no ser humano?Se for por um produto químico, o primeiro sintoma é a irritação gástrica, que causa indisposição podendo levar a uma diarréia. Se for microbiológica, além da indisposição podem surgir doenças de veiculação hídrica como hepatite, cólera, dentre outras.
Com qual freqüência deve ser feita a análise da água?Orientamos que o condomínio faça essa análise trimestralmente e sempre que se observar alguma alteração na água, como cheiro, cor ou sabor diferentes. Colhemos a água mais próxima do hidrômetro, para averiguar a possibilidade da mesma estar entrando no condomínio contaminado, e na caixa, de onde ela é distribuída para os usuários.
Se for detectada alguma alteração, qual providência o condomínio deve tomar?Em primeiro lugar, o condomínio deve suspender a distribuição da água e, dependendo do resultado das análises, atitudes diferentes devem ser tomadas. No caso de uma contaminação microbiológica, é importante detectar sua procedência para que possa ser combatida na origem, com cloração. Depois, despreza-se esse volume de água para que uma empresa especializada faça a limpeza da caixa d’água, esfregando-a com escova de cerdas de plástico com cloro. Se a água vier contaminada da Cesama, o procedimento é entrar em contato com a companhia pelo telefone 3239-1226 e exigir a solução do problema.
A água que recebemos nos condomínios é de boa qualidade?Sim, inclusive o síndico pode acompanhar pela própria conta a qualidade da água, através do resultado de alguns parâmetros avaliados pelo laboratório da Cesama.
No caso das piscinas, qual a importância da análise de sua água?É muito importante realizar o tratamento necessário da piscina, cuja alma é o cloro. Os corpos das pessoas levam para a água diversos elementos contaminantes. É muito comum, por exemplo, vermos alguém jogando bola e mergulhar na piscina com o corpo suado. Este é um hábito errado, pois o correto seria primeiro a pessoa tirar o suor no chuveiro para não carregar bactérias ao entrar na piscina. Com freqüência, vemos a água azul tornar-se verde, significando que ela precisa de cloro, porém o cloro em excesso é prejudicial para o ser humano, causando ardência nos olhos, irritação na pele ou tornando os cabelos esverdeados. Tudo isso implica num tratamento adequado, baseado na análise da situação da água.
Que cuidados o síndico deve ter com o reservatório do condomínio?Em geral, os prédios possuem uma caixa subterrânea, que bombeia água para o reservatório superior. Prioritariamente, a análise da água deve ser feita no reservatório inferior, pois ali ocorre a maior parte das contaminações, devido à proximidade com a rede de esgoto e à garagem. Quanto à caixa superior, o condomínio deve cuidar para que ela esteja perfeitamente tampada, evitando principalmente o contato com animais como pássaros e pombos. Estando mal vedada, os bichos procuram a água para beber e podem morrer afogados, apodrecendo dentro do reservatório. Os moradores só vão notar quando sentirem alteração no gosto, e então já é tarde demais.
Desenvolvimento Social em Saúde
Água é vida
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